O cogumelo venenoso chapéu leitoso
Se você se deparar com esse cogumelo no meio da floresta, é melhor não comer!
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Imagem de Terri Paju por Pixabay |
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Grupo: Cogumelos comuns e cogumelos em forma de guarda-chuva
Estação: Outono.
Comestibilidade: venenoso, não comestível.
Chapéu: 5 a 15 cm de diâmetro
Caule: liso, seco, rosado.
Carne: entre branca e rosa, com um látex branco
Depósito de esporos: creme-rosado claro.
Hábitat: sempre próximo das bétulas, em regiões úmidas.
Conhecido como chapéu leitoso, o cogumelo Lactarius torminosus é uma espécie de fungo da família de cogumelos Russulaceae. Vamos as suas características para você saber com o que está lidando quando achar ele em uma trilha.
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Caracterísicas gerais do cogumelo chapéu leitoso
Os grandes corpos de frutificação produzidos pelo cogumelo chapéu leitoso possuem um píleo ou "chapéu" com formato convexo ou de funil, de cor rosa, e que pode atingir até 12 centímetros de diâmetro. Nos cogumelos jovens, a superfície da margem do chapéu é peluda. A estipe ou tronco mede até 8 cm de altura, é preenchido com um conteúdo de aspecto algodonoso quando fungo está jovem e tem uma carne bege ou branca. A substância leitosa produzida pela espécie, o látex, é branco ou cor de creme e não muda de cor quando exposto ao ar ambiente.
Descrito cientificamente pelo naturalista alemão Jacob Christian Schäffer em 1774, o cogumelo chapéu leitoso ou L. torminosus pode ser encontrado na natureza no Reino Unido, norte da Europa, e também na América do Norte, onde é comum. O cogumelo forma micorrizas, um tipo de associação simbiótica, com bétulas e cicutas em florestas mistas. É considerado um cogumelo venenoso se ingerido cru, mas, em países nórdicos como Finlândia e Noruega, é apreciado pelo seu sabor picante após o cozimento. Possui toxinas altamente irritantes para o sistema digestivo humano.
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Ecologia, distribuição e habitat
O cogumelo chapéu leitoso desempenha um papel importante na absorção de nutrientes e água pelas árvores. Ele também é conhecido por crescer em ambientes urbanos, onde as bétulas estão próximas. Os corpos frutíferos crescem no chão, espalhados ou agrupados. É encontrado em todo o Reino Unido, norte da Europa, e também é comum na América do Norte, onde, por vezes, cresce com espécies de Populus. Sua área de distribuição geográfica se estende ao norte até o estado do Alasca, nos Estados Unidos, e o território canadense de Yukon; e seu limite sul é o México.
Os corpos de frutificação são um componente da dieta do esquilo vermelho Sciurus vulgaris. Esses cogumelos podem ser parasitados pelo bolor Hypomyces lithuanicus que é uma outra espécie de cogumelo.
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Comestibilidade e toxicidade
O sabor intensamente apimentado do cogumelo cru pode empolar a língua se a ingestão for em quantidade suficiente. Alguns autores relataram a espécie como venenosa, ou causando "uma gastroenterite leve a fatal". Em uma publicação de 1930, Hans Steidle relatou que, embora o cogumelo não seja tóxico para os "organismos unicelulares e de sangue-frio", o extrato líquido e o sumo dos corpos frutíferos, quando injetados sob a pele de um sapo, resulta em distúrbios respiratórios, paralisia e eventualmente a morte.
Apesar desses relatos, na Finlândia, na Rússia e em outros países do norte da Europa é cogumelo é consumido após a fervura ou imersão em cinco dias, em conserva e apreciado por seu sabor quente e ardente. Na Noruega, é assado e adicionado ao café.
A composição nutritiva dos corpos frutíferos de espécimes finlandeses foi analisada e encontrada com contendo os seguintes componentes (em porcentagem do peso seco): 17,2% de proteínas; 0,46% de fósforo; 0,12% de cálcio; 0,088% de magnésio; 2,97% de potássio e 0,011% de sódio.
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