Ciência & Natureza
Quando falamos de ciência, geralmente
estamos nos referindo à chamada ciência moderna, que, apesar de nascer em
universidades e centros de pesquisa, coexiste com outros processos de obtenção
e acumulação de conhecimentos, como os saberes tradicionais.
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Nos ambientes da savana africana, o
saber acadêmico dá espaço aos saberes dos povos locais, capazes de reconhecer
sinais e interpretar códigos desconhecidos pela ciência convencional.
No Brasil há numerosas populações
tradicionais, indígenas ou não, cuja definição que adotamos é proposta por
Antônio Carlos S. Diegues:
"Comunidades tradicionais estão
relacionadas com um tipo de organização econômica e social com reduzida
acumulação de capital, não usando força de trabalho assalariado; nela,
produtores independentes estão envolvidos em atividades econômicas de
pequena escala, como agricultora, pesca, coleta e artesanato."
Diegues, A. C. S. O mito moderno da
natureza intocada.
São Paulo: Hucitec, 1996
CIÊNCIAS NATURAIS
Ao estudar Ciências Naturais,
conhecemos novas palavras, cujo significado deve ser incorporado ao nosso
vocabulário.
E quando ampliamos o nosso vocabulário
nos tornamos melhores leitores e melhores ouvintes, pois podemos
entender melhor textos escritos ou falados. Conhecendo maior quantidade de
palavras, podemos escolher a que expresse nossas ideias com maior clareza.
Ciências Naturais são as matérias científicas destinadas ao estudo das
características gerais e fundamentais da natureza, assim como todas as leis e
regras naturais que a regem.
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Savanas africanas. Pixabay/Domínio Público. |
Do ponto de vista das ciências
naturais, aspectos como o comportamento dos seres vivos são ignorados, sendo
observados e estudados exclusivamente os fatores de ordem naturalmente físicas.
As ciências naturais utilizam do método
de experimentação para analisar os seus objetos de estudo, sendo que estes não
podem ter sido criados a partir da intervenção dos seres humanos. A Medicina, a
Biologia e a Geologia são exemplos de matérias que fazem parte das ciências naturais.
Percebendo ou não, estamos
constantemente lidando com biologia. Afinal, os alimentos que comemos , as
atividades físicas que executamos, as manifestações do afeto e da
sexualidade, as doenças que nos afligem, as roupas que vestimos, os
combustíveis que utilizamos e as mudanças ambientais estão, direta ou
indiretamente, relacionados aos seres vivos.
VIDA, AMBIENTE E ADAPTAÇÃO
Em 1973, o biólogo ucraniano Theodosius Dobzhansky (1900-1975) publicou um ensaio cujo título tornou-se celebre:
Nada em Biologia faz sentido, exceto à
luz da evolução.
Ao afirmar que a evolução dá sentido à
biologia, Dobzhansky apoiou essa ciência em dois eixos: ambiente e adaptação.
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Pixabay/Domínio Público. |
Se quisermos compreender a respiração
dos vertebrados, por exemplo, precisaremos conhecer as características dos
ambientes, que eles ocupam e ocuparam durante a evolução e as transformações
ocorridas durante a história natural desse grupo de animais. Se não adotarmos
esse procedimento, a biologia converte-se em uma lista interminável de nomes e
processos desconexos e incompreensíveis.
Tentar compreender a biologia de modo
dissociado do processo evolutivo é como tentar entender um romance
conhecendo apenas a descrição dos personagens, sem se preocupar com a
história da vida de cada um e como esses personagens se relacionam entre si e
com o ambiente.
A biologia trata de bilhões de anos de
ocupação da Terra pelos seres vivos. Essa narrativa descreve como a vida
adapta-se aos diversos ambientes, os quais também se alteram profundamente
durante esse tempo.
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Pixabay/Domínio Público. |
A evolução biológica envolve processos
únicos e irreversíveis, como o desenvolvimento das plantas
com flores, o aparecimento dos primeiros vertebrados terrestres, o
desaparecimento dos dinossauros e a origem da espécie humana. A Biologia também
procura explicar o surgimento de inovações adaptativas (por exemplo, como
surgiram os vasos condutores de seiva das plantas ou como evoluiu a circulação
nos vertebrados), os possíveis caminhos do processo evolutivo, bem como o ritmo
e os mecanismos que proporcionaram a evolução.
Quando um biólogo pergunta " por que tal fenômeno acontece" ou " como tal fenômeno acontece", ele pode recorrer a uma reconstrução histórica. É evidente que, diante da tentativa de explicar a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, não se imagina a realização de um experimento laboratorial. A resposta deverá ser buscada na reconstituição do evento por meio da análise de registros fósseis, da composição química das rochas e do clima da época, entre outras pistas.
Referências
CANTO, Eduardo Leite. Ciências Naturais - Aprendendo com o cotidiano. Editora Moderna, 2ª Edição, 2004.
FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia - Unidade e Diversidade. Editora Saraiva. 1ª Edição São Paulo, 2013.
CANTO, Eduardo Leite. Ciências Naturais - Aprendendo com o cotidiano. Editora Moderna, 2ª Edição, 2004.
FAVARETTO, José Arnaldo. Biologia - Unidade e Diversidade. Editora Saraiva. 1ª Edição São Paulo, 2013.
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